E-portefólio

Este blogue é um e-portefólio para a Unidade Curricular "Media Digitais e Socialização", ministrada no âmbito no 5º Mestrado em Gestão da Informação e Bibliotecas Escolares 2009/2010, pelas professoras Lúcia Amante e Maria João Silva.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

1ª Unidade: Nativos digitais versus Imigrantes Digitais

2 - 29 de Outubro

Perfil do estudante digital

Objectivo: Identificar e discutir as características atribuídas ao estudante digital.

Competências: Definir o perfil do estudante digital.


O que fazer?

1º) Constituição livre dos pares de trabalho (inscrevendo-se no fórum respectivo);
Comentário pessoal:


2º) Leitura e análise dos textos disponibilizados;

3º) Elaboração do perfil do estudante digital, num documento de Powerpoint;

4º) Apresentação do trabalho no Fórum 1 até ao dia 19 de Outubro;

5º) Discussão no Fórum dos trabalhos apresentados entre os dias 20 e 29 de Outubro.


Comentário pessoal.

O objectivo princial desta sessão prendeu-se com a definição do perfil do estudante digital.
Devo confessar que já tinha ouvido as expressões "estudante digital" e "imigrante digital", mas nunca, até ao contacto com os textos de Prensky sugeridos como leitura para esta sessão de trabalho, me tinha inteirado do verdadeiro significado
e das implicações dos conceitos.



Coloquei neste portefólio uma fotografia da minha filha mais nova, com treze meses apenas e tirada num momento normal de convívio familiar. Melhor do que todas as palavras, a imagem define um nativo digital: esta minha filha nasceu na era da tecnologia, convive com as máquinas de forma natural, aprende a lidar com elas como aprende a falar e é provável que no futuro a tecnologia faça parte da sua vida e do seu trabalho de forma tão natural que ela ache esquisitos os tempos em que não havia computadores ou Internet.

A segurar a criança está o pai, um verdadeiro imigrante digital, como todas as pessoas nascidas há mais de duas décadas. Utiliza a tecnologia apenas quando precisa e sobretudo para trabalhar. Não sente especial prazer em sentar-se frente ao ecrã e em fazer amigos online, prefere o ar livre e uma boa conversa frente a frente.

O pai da criança não é professor, mas poderia ser...


Se fosse professor sentiria alguns constrangimentos no seu dia-a-dia. Trabalhar com adolescentes, todos eles nativos digitais, que comunicam, partilham, compram e vendem, trocam, criam, namoram, coleccionam, coordenam, avaliam, jogam, aprendem, pesquisam, analisam, apresentam, programam e interagem de forma bastante diferente daquela que o pai/professor faz, traz no mínimo alguma sensação de estar completamente "out".

Foi esta percepção, ou seja, a tomada de consciência de que o professor "imigrante digital" tem de dar alguns passos para se encontrar a meio do caminho com os "nativos digitais" de modo a ambos poderem encontrar o tom certo para se entenderem, aquilo que mais apreciei nesta sessão.


Os estudantes de hoje

A par da leitura dos recursos disponibilizados, investi noutras pesquisas que me ajudassem a reflectir um pouco mais sobre a temática. Este vídeo da autoria de Michael Wesch "A vision of students today" ajuda a perceber a distância que existe entre o mundo dos nativos digitais e o mundo dos imigrantes digitais.



Tal como refere Prensky (2001) no seu texto Digital Natives Digital Immigrants, os professores, para além de terem de continuar a ensinar o que nos legaram e investir em conteúdos do futuro que preparam os jovens para a sociedade em mudança, têm de aprender novas formas de lidar com as coisas antigas, adaptar materiais que sirvam os propósitos de cada disciplina mas sejam mais próximos do aluno do séc. XXI, recorrer aos próprios alunos como recursos importantes. Não podem parar e fazer de conta que estes assuntos não lhes dizem respeito.

Esta unidade, cujo trabalho final consistiu na realização de um power-point  que desse conta da definição do estudante digital não ofereceu qualquer dificuldade. Apreciei trabalhar com as colegas de curso e reflectir no grande grupo sobre esta temática, que considero muito pertinente.

Perfil Do Estudante Digital


Papel do professor

Qualquer professor tem de estar atento e procurar acompanhar a evolução da tecnologia, porque ela está presente a toda a hora na vida dos nossos alunos. Não podemos correr o risco de deixar uma geração embeber-se com a tecnologia sem olhar crítico. Esse papel continua a caber ao adulto pai/professor. A corroborar a minha opinião, apresento o comentário que redigi, no dia 21 de Outubro, ao discutir em grupo esta questão.

Como professora de Línguas Estrangeiras, considero que existe uma imensidão de potencialidades na web 2.0 que podem ser exploradas com os alunos e visam o objectivo de todos os professores/escolas: melhorar os resultados dos alunos. Também como professora bibliotecária ou Coordenadora de outros professores bibliotecários, considero muito pertinente estar atenta a esta questão, pelo facto de a mesma merecer de todos um cuidado especial a ter com os alunos. A avalanche de informação a que os jovens estão expostos requer que educadores e profissionais da educação tratem o assunto com muita atenção: novas metodologias de ensino-aprendizagem que incluem o desenvolvimento de novas competências são requisitos necessários para o sucesso.

A este respeito pode ler-se o artigo de Penny Moore Learning -Inspired Connections, em Outros Recursos.

De uma forma geral considerei a sessão muito pertinente e útil. Para além dos conhecimentos adquiridos, que foram significativos, o power-point produzido pode servir de base a certo tipo de formação que devemos promover nas escolas.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Terminologia da Cultura Digital

Contrução de glossário

13 de Outubro - 13 de Dezembro

Objectivo: Definir conceitos e termos utilizados na cultura digital.

Competências: Adquirir competência no uso da terminologia e dos conceitos associados à cultura dos nativos digitais.

O que fazer?

1º) Cada estudante escolhe um conjunto de termos, da listagem disponibilizada, de modo a distribuir a tarefa de forma equilibrada pelo grupo turma;
2º) Remete para o Fórum Glossário o documento disponibilizado, indicando o seu nome nos conceitos que vai ficar responsável por definir, até ao dia 12 de Outubro;
3º) Definição dos termos na ferramenta Glossário, disponibilizada na plataforma entre os dias 13 de Outubro e 13 de Dezembro.


Comentário pessoal:



A actividade de construção de um glossário digital serviu para ficar a conhecer muitos termos que, embora façam parte do nosso dia-a-dia, não estavam assimilados. É interessante verificar como vivemos serenamente a utilizar certas palavras sem nos preocuparmos grandemente em perceber a sua origem ou mesmo o seu significado verdadeiro.


Se alguns como blogue, chat, web 2.0, cyberbullying, facebook, myspace, tag, amigos, literacia digital ou grupos me eram familiares, outros, pelo contrário, foram novidade para mim. Incluo neste grupo palavras como add-ons, agregador, avatar, feedback loop, grazing ou deep dive.


Achei esta actividade interessante e relativamente fácil, embora encontrar a tradução mais aproximada para um termo não seja tarefa muito simples.
O que me chamou mais a atenção, ao constuir o glossário e ler os termos traduzidos por outros colegas, foi o facto de existir neste momento uma série de expressões que traduzem novas tendências e formas de estar, fruto da utilização nas novas tecnologias. Refiro-me a termos como activismo cívico online, cultura de participação ou propriedade intelectual.

Também foi interessante verificar como a evolução da Língua é um processo muito rico. Uma análise exaustiva daria conta de centenas de novos termos relacionados com o mundo digital e que têm pouco mais de uma década. Penso que seria interessante estudar a origem deles e a forma como são assimilados por outros países que não o país de origem da palavra: que tradução/adaptação? , que utilização?, que duração?


Glossário