E-portefólio

Este blogue é um e-portefólio para a Unidade Curricular "Media Digitais e Socialização", ministrada no âmbito no 5º Mestrado em Gestão da Informação e Bibliotecas Escolares 2009/2010, pelas professoras Lúcia Amante e Maria João Silva.

Reflexão Final



Reflectir sobre os conhecimentos que se adquiriram numa unidade curricular como "Media Digitais e Socialização" é um exercício que serve para reflectir sobretudo sobre o factor novidade que esta unidade conferiu ao meu leque de saberes.

De facto, embora vivamos com as novas tecnologias e as utilizemeos, nem sempre pensamos em certos pormenores associados às mesmas. Neste sentido, como já ficou claro nas reflexões anteriores, esta unidade curricular representou uma mais-valia para o meu trabalho como profissional da educação, tanto como professora de Línguas Estrangeiras, como professora bibliotecária.

Foi importante adquirir uma percepção mais clara do papel que os novos media digitais desempenham na construção da identidade e socialização dos jovens, não só para poder visualizar melhor os aspectos positivos e negativos de tal influência, como também para poder questionar esta temática.

Foi sobretudo neste aspecto que considero que esta disciplina foi muito pertinente, uma vez que abre possíveis abordagens e leituras ao papel que os media digitais desempenham hoje em dia. Estando consciente da influência que estes novos media têm sobre os jovens, mais facilmente podemos reflectir sobre o papel dos professores e das famílias no seu acompanhamento. Sem dramatismos, mas conscientes de alguns aspectos menos positivos, podemos repensar melhor assuntos como:

  • influência dos media/novas tecnologias/ redes socias sobre o desenvolvimento dos jovens

  • riscos de navegar na Internet sem segurança

  • desvantagens de uma socialização à distância

  • desafios para a educação

Uma pesquisa na Internet, pela quantidade de blogues e artigos sobre o assunto, deixa claro como os pais se preocupam com a utilização que os filhos fazem das novas tecnologias. Muitas vezes por desconhecimento, os pais têm receio do que possa resultar de tanta socialização online.

Existem, porém, estudos que revelam que os perigos na Internet não são maiores do que aqueles que existem na vida real ( http://www.physorg.com/news151510052.html) , que não significa que não se exerça uma educação para a segurança na Internet, como aconselha a Comissão Europeia e se pode verificar pelos esforços feitos no nosso país, através da criação do portal Seguranet.

Os predadores existem e os jovens, como vimos, gostam de se expor online (http://www.mjtimes.sk.ca/Living/Education/2009-04-23/article-16271/Internet-socializing-can-be-dangerous:-teacher/1) . A repreensão ou a proibição não resultam, apenas uma educação para os media pode ter resultados. Cabe à escola e aos pais estarem atentos e educarem os seus filhos para a segurança, tirando partido de programas que existem e dialogando com os jovens.


Que influências irá ter a exposição aos media? Que papel cabe às escolas?
É consensual que a utilização dos media digitais desenvolve competências várias, necessárias ao adulto do séc. XXI, que vive na Sociedade da Informação. Que riscos corre esta geração do imediatismo, que prefere as máquinas aos livros?


Alguns neurocientistas , entre os quais se encontra Small, alertam para o facto de o uso excessivo da Internet ter influência negativa na capacidade de concentração. Na notícia "Is surfing the Internet altering your brain?" ( http://news.zdnet.com/2100-9595_22-243997.html) é dada a conhecer a posição de Small. O especialista afirma que os nossos cérebros estão a mudar, na medida em que processam a informação de forma diferente. Além disso, o uso recorrente às tecnologias influencia a nossa capacidade para ler expressões emocionais e linguagem corporal. É importante não perder o controlo sobre a influência que a tecnologia pode ter nas nossas vidas.

Ver crítica do livro de Small: !Brain: Surviving the Tecnhologial Alteration of the Modern Mind

http://blogcritics.org/books/article/book-review-ibrain-surviving-the-technological/

Numa entrevista recente na revista alemã Der Spiegel, Umbero Eco deixava também sair este desabafo:  "O Google é uma tragédia para os jovens". Cabe às escolas ensinar a arte da discriminação. Os jovens precisam de desenvolver competências que os preparem para o futuro, mas entre essas competências tem de estar obrigatoriamente a arte de saber pensar.



Esta e outras reflexões são fruto da abordagem que a unidade curricular "Media Digitais e Socialização" proporcionou. Valeu a pena!


 










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